sexta-feira, 3 de março de 2017

Férias de verão: para onde ir?

Vida na Suíça
Foto: Myriam Fernandes Finkelstein e Rubens Zischler

Esta é a altura do ano em que os dias se tornam maiores, andamos mais descontraídos e alegres, parece que temos mais energia e até nos tornamos mais saudáveis. Na verdade a causa dessas mudanças derivam das tão esperadas férias de verão.

Desde sempre que o verão nos ajuda no nosso estado físico e psicológico, com as férias conseguimos descansar e relaxar dos trabalhos e preocupações.

Muitos são os portugueses que trabalham desde o início do ano já a pensarem nesta temporada. Aproveitam para irem para o seu país reencontrar os familiares, matar as suas saudades e usufruir das imensas praias de Portugal.

Na Suíça existem três tipos de portugueses emigrados:

- Os que não dispensam as suas férias de verão para regressarem ao seu país,
- Os que passam pela sua terra para “matar” as saudades, mas que aproveitam este período para viajar e conhecer outros destinos,
- E os que, infelizmente, não conseguem ir de férias por diversas razões.

Os portugueses que estão emigrados há mais de 20 anos na Suíça retornam sempre ao seu país nestes meses de calor. Os mais recentes (que estão emigrados há 7 ou 8 anos) aproveitam para ir matar as saudades, mas recorrem a outros países para usufruírem de outras culturas.

Já os “recém-chegados” (de 1 a 3 anos emigrados) têm que se submeter à exigência do trabalho nesta altura do ano, pois é uma época em que atrai também muitos turistas. Como são recém-chegados ainda não têm condições a todos os níveis para poder usufruir das férias de verão. Mas não nos podemos esquecer que essas informações são estatísticas apresentadas, até porque cada caso é um caso.

A comunidade mais antiga emigrada na Suíça elege o “seu” Portugal como destino de preferência. De fato, Portugal é um dos destinos de eleição de muitos turistas. Todos conhecem, ou já ouviram falar, das maravilhosas e cristalinas praias do Algarve. A comunidade recentemente emigrada também desfruta desses prazeres, mas desejam, ainda, outras culturas e conhecimentos.

Uma questão importante é o fato das opções que são dadas para os recém-chegados, que não têm a possibilidade de ir de férias e que têm crianças aos seus cuidados. Todos sabemos que a Suíça é um país muito caro e férias nele é pouco provável, contudo existem sempre alternativas boas que o próprio país proporciona aos seus moradores. Existem as colônias de férias, em que os pais podem continuar a trabalhar, enquanto seus filhos aproveitam um pouco das férias de verão, convivendo e aprendendo coisas novas com outras crianças. Fica dispendioso, mas é uma experiência muito gratificante para os mais pequenos. No entanto, também existem opções gratuitas, que as próprias escolas oferecem aos alunos, para ocuparem as suas férias.

As escolas trabalham anualmente em programas e inserção cultural para os mais pequenos ficarem ocupados e os pais menos preocupados. O sistema escolar na Suíça é bastante favorável e solidário. Eles tentam sempre ajudar os mais jovens a crescer e evoluir da melhor maneira possível, criando vários programas escolares.

Como na Suíça um jovem pode começar a trabalhar cedo, as escolas convidam os alunos a participarem em eventos socioculturais e ao ar livre, oferecendo oportunidades em diversas áreas civilizacionais, em piscinas municipais (auxiliando os nadadores salvadores, limpando os cacifos das piscinas etc.), em festas e eventos que haverá na sua cidade (entregando panfletos informativos, sendo sinaleiros e guias) e com isso presenteiam um salário diário e outras regalias por tal voluntariado da criança.

Esses programas escolares são uma ótima opção para pais que não têm férias. As crianças adquirem novas experiências, não ficam sozinhas, aproveitam as suas férias e ainda começam a criar sentimentos de responsabilidade e de solidariedade. Os trabalhos comunitários só vêm beneficiar o crescimento e futuro dos mais jovens, sendo sempre uma mais-valia para o “agora” jovem, que “amanhã” será adulto.

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Por Irís Martins, jornalista e repórter, Revista Linha Direta

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