segunda-feira, 13 de março de 2017

Trabalhar na Suíça. Como funciona?

Em geral, as pessoas com permissão de residência na Suíça podem trabalhar como:

1) Funcionário:

Pessoas oriundas da União Europeia / Associação Europeia de Livre Comércio (UE/EFTA) de qualquer área profissional ou qualificação podem trabalhar na Suíça. Elas podem residir na Suíça durante três meses (podendo ser renováveis por mais três meses) exercendo uma atividade lucrativa, sem necessidade de visto.

2) Autônomo:

Cidadãos da UE e EFTA podem exercer uma atividade como trabalhador autônomo, porém pessoas dos países terceiros precisam possuir a permissão C, ou ser cônjuge de uma pessoa portadora da permissão C ou cidadão suíço. (Leia mais sobre os detalhes das regras aqui.

Mas engana-se quem pensa que o mercado de trabalho na Suíça é fácil. Para alguns setores, pode ser. Para outros pode ser uma odisséia.

Segundo um estudo da organização HEKS, os imigrantes de países terceiros (não EU/EFTA) com alta qualificação profissional são desperdiçados pelo mercado suíço. Geralmente estes profissionais estão no país por razões familiares ou matrimoniais e encontram muitas dificuldades na Suíça.

Mesmo sendo a proporção de estrangeiros com alta qualificação maior do que os suíços, os estrangeiros enfrentam muitos obstáculos ou ocupam posições bem inferiores a sua capacidade. Acredita-se que o número de pessoas com alta qualificação na Suíça, oriundas de países terceiros, chega a 50 mil pessoas.

A brasileira Theodora Leite Stampfli conhece bem o tema Integração no Mercado de Trabalho Suíço. Há mais de 16 anos trabalha na cfd - Christlicher Friedensdienst -, uma organização feminista sem fins lucrativos localizada em Berna. Responsável pelo programa de Mentoria para Mulheres Imigrantes no Mundo do Trabalho, Dora conhece bem a realidade de quem deseja uma oportunidade profissional no país.

Para ela, o mercado de trabalho para a imigrante é bem fechado e a fluência na língua nacional é uma das principais barreiras. Além disso, o processo para o reconhecimento do diploma pode ser outro desafio: "O empregador suíço não sabe que pode empregar uma pessoa estrangeira mesmo sem a equivalência do diploma, no caso de vaga que não requeira uma profissão regulamentada na Suíça. E tem também questão da origem do diploma. Nem todos os países são tratados da mesma forma na hora do reconhecimento e equivalência."

Vida na Suíça
Leia a entrevista completa no Guia Vida na Suíça, no capítulo Trabalho. Lá você encontra, além do nosso bate papo com Theodora, dicas de como candidatar-se, sites de referência e alguns serviços de mentoring, para quem deseja encontrar uma vaga de trabalho por aqui.

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